Aqui se aprende o que não se aprende na escola.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Eixo Pais & Filhos



Aprender a ser Pai ou Mãe é algo que se faz com o tempo, não existem receitas certas que resultem com todos os bebés ou crianças porque são todos diferentes!
A Escola de Pessoas, através do seu eixo Pais & Filhos, pretende ajudar os pais e os filhos a aprenderem sobre os seus novos estatutos e funções em conjunto!
A tertúlia "Vamos ter um bebé, e agora?", realizada em janeiro foi o primeiro passo na criação deste eixo, pretendemos criar um grupo de pais que tenham interesse em partilhar e discutir opiniões e experiências de como se sobrevive e constrói uma pessoa! Além dos pais estarão presentes especialistas de várias áreas como a alimentação e nutrição, o desenvolvimento psíquico e motor, os relacionamentos e a aprendizagem. Os encontros serão temáticos, uma vez que estes assuntos dão facilmente azo a conversas dispersas.

Os testemunhos de quem participou na nossa primeira tertúlia dizem o seguinte:


  • O amor é também cuidar, mesmo quando se trata de um feto com 13 semanas! Partilha de experiências, de conhecimentos e de emoções entre futuros pais e mães e excelentes profissionais. Uma anfitriã, futura mamã muito inteligente, humana e ativa, plena de iniciativa e de sonhos de amor para esta sociedade. Uma tarde muito bem passada, produtiva e gradável! E que a Escola de Pessoas continue, porque é assim que o mundo pula e avança ♡ Em especial numa sociedade como a que vivemos, iniciativas como esta da Escola de Pessoas precisam-se urgente e profundamente. Parabéns e Força! Cláudia Silva

  • Top notch event. Uma iniciativa muito boa , que para alem de uma simpática oportunidade de poder partilhar experiências com pessoas que estão a travessar o mesmo teve uma forte componente pedagógica com profissionais da área que permitiu aprender bastante e desmitificar algumas duvidas. 
    Numa nota pessoal achei espetacular da parte do Grupo poder  fazer grande parte do evento em inglês por causa da Vikki. Excelente , over the moon. Muito muito obrigado. 
    Paulo Sá

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Esperando...



Nas últimas semanas de gravidez uma mulher, que agora é denominada e vista por todos como mãe passa pelos mais diversos estados de espírito, sendo que muitos deles são contraditórios e simultaneos.
Como tudo o que tem a ver com a parentalidade não existem receitas de sucesso para sobreviver a esta fase final, ansiosa e para algumas pessoas desesperante! Mas posso deixar aqui as minhas técnicas de sobrevivencia para as últimas semanas antes do nascimento do novo bebé:
  • Ter o quarto e as malas prontos. É certo que vamos mudar uma data de coisas, uma data de vezes, mas o facto de já estar decido dá-nos a sensação de que está controlado. E além disso, convém controlar o que efetivamente podemos, pois há demasiado fora do nosso controle e com tendência a aumentar!
  • Aproveitar os últimos dias de liberdade. Sair com amigos, ir ao cinema, jantar fora, passar tempo com a família são tudo coisas que vamos fazer daqui a hummmmm... pois! Mais vale ser agora, para depois não pensarmos 'ai se eu soubesse...'
  • Ter planos, não demasiado rígidos. Ficar em casa a pensar 'será que é hoje?' só vai produzir mais ansiedade e deixar-nos mais preocupadas por isso convém ter planos diários, manter rotinas, dar uns passeios na rua (mesmo que seja para aproveitar a chuva), não esquecendo que há que estar atenta a todos os sinais.
  • Aproveitar para ficar bonita. Cabeleireiro, manicure, pedicure e depilação são tudo coisas que nos fazem sentir e nos tornam mais bonitas, afinal queremos apresentar-nos aos nossos filhotes no nosso melhor e ficar bem nas primeiras fotos!
  • Rir muito! E razões não faltam, Não se consegue apertar os sapatos sem nos sentirmos umas contorcionistas, não nos conseguimos levantar ou sentar com facilidade, temos sono a toda a hora, estamos cansadas mesmo quando passamos o dia a descansar!
No fundo aquilo que tento fazer é ver o lado positivo, não levar nada demasiado a sério e aproveitar para manter a calma e não stressar, haverão muitas oportunidades de perder as estribeiras depois!

Filipa Barros - grávida de 38 semanas 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Como se faz uma pessoa...

A gravidez é um período de extrema importância na vida da mulher e do homem, onde eles saem do papel de filhos e passam a ser pais, e dos conflitos interiores para conseguirem vivenciar essa maravilhosa experiência
A gravidez traz consigo uma série de mudanças e alterações a vários níveis, sendo uma das mais inevitáveis o desenvolvimento de um bebé dentro do nosso corpo. Em paralelo a este bebé real, vai crescendo também um bebé imaginário dentro da nossa cabeça, fruto dos nossos desejos, medos, experiências e expectativas.
Esta “gravidez mental” que acontece a vários níveis com a mãe, o pai, e outras pessoas significativas na vida deste bebé tem como finalidade, preparar a todos para a chegada deste bebé, influenciar a ligação materno-fetal, e promover a vinculação, este termo inicialmente utilizado na etologia, entende-se como a tendência que os indivíduos têm para procurar a presença e a proximidade com membros da mesma espécie. Este termo foi introduzido em psicologia, e transposto da etologia; de uma forma simples, entende o crescimento de uma criança, como o resultado da relação que ela mantém com os pais.
 A “construção do ninho” é também um comportamento que ajuda a promover o vínculo e o apego entre a mãe e o recém-nascido, é algo partilhado por quase todas as espécies, uma necessidade de fornecer um ambiente seguro e confortável para a “cria” que aí vem.
Esta vinculação que a mãe e/ou os outros vão estabelecer com o feto/bebé vai influenciar bastante a qualidade das futuras ligações afectivas que vão ocorrer ao longo da vida desta ainda pequena pessoa.

A vinculação é uma necessidade primária e vital como a água, o sono e a comida. Um bebé que se sente protegido terá muito mais hipóteses de se tornar um adulto seguro de si e capaz de amar e de se sentir amado. Várias pesquisas revelam que as crianças seguras em relação aos seus pais choram menos e são mais persistentes na exploração do ambiente. Já as inseguras são mais submissas ou agressivas.

Rosa Mª Martins - Psicóloga