A gravidez é um período de extrema
importância na vida da mulher e do homem, onde eles saem do papel de filhos e
passam a ser pais, e dos conflitos interiores para conseguirem vivenciar essa
maravilhosa experiência
A gravidez traz consigo uma série de
mudanças e alterações a vários níveis, sendo uma das mais inevitáveis o
desenvolvimento de um bebé dentro do nosso corpo. Em paralelo a este bebé real,
vai crescendo também um bebé imaginário dentro da nossa cabeça, fruto dos
nossos desejos, medos, experiências e expectativas.
Esta “gravidez mental” que acontece
a vários níveis com a mãe, o pai, e outras pessoas significativas na vida deste
bebé tem como finalidade, preparar a todos para a chegada deste bebé, influenciar
a ligação materno-fetal, e promover a vinculação, este termo inicialmente
utilizado na etologia, entende-se como a tendência que os indivíduos têm para
procurar a presença e a proximidade com membros da mesma espécie. Este termo
foi introduzido em psicologia, e transposto da etologia; de uma forma simples, entende
o crescimento de uma criança, como o resultado da relação que ela mantém com os
pais.
A “construção do ninho” é também um
comportamento que ajuda a promover o vínculo e o apego entre a mãe e o
recém-nascido, é algo partilhado por quase todas as espécies, uma necessidade
de fornecer um ambiente seguro e confortável para a “cria” que aí vem.
Esta vinculação que a mãe e/ou os
outros vão estabelecer com o feto/bebé vai influenciar bastante a qualidade das
futuras ligações afectivas que vão ocorrer ao longo da vida desta ainda pequena
pessoa.
A vinculação é uma necessidade
primária e vital como a água, o sono e a comida. Um bebé que se sente protegido
terá muito mais hipóteses de se tornar um adulto seguro de si e capaz de amar e
de se sentir amado. Várias pesquisas revelam que as crianças seguras em relação
aos seus pais choram menos e são mais persistentes na exploração do ambiente.
Já as inseguras são mais submissas ou agressivas.
Rosa Mª Martins - Psicóloga
Rosa Mª Martins - Psicóloga
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